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sexta-feira, 10 de junho de 2022

PARLENDAS 34



I
A de prata é linda
A de ouro é mais linda
Brilha muito este tesouro
Minha pulseira de ouro.
II
Que bom, que bom
Que tenho um edredom
Pois o frio não é bom
Pra quem dorme no porão.
III
Rainha você é
De tudo dona é
Só não sabe que seu pé
Tem catinga de chulé.
IV
Da Lili estou a espera
Com uma florzinha na mão
Pois sou amiga sincera
Do fundo do coração.
V
Os tamancos de madeira
Arrumados em fileira
Todo dia a arrumadeira
Desarruma esta fileira.
VI
Fio tecido, fio fiado
Palhaço de circo vaiado
Ficou todo atrapalhado
Bombom não se vende fiado.
VII
Bola, bolinha, bolão
Acha que é bala de canhão
Esta doce criação
É apenas um bombom
Na lancheira do Carlão.
VIII
Amassa a massa amassador
Amassador a massa desamassa
Quem não é amassador
A massa não desamassa.
IX
O juiz não tem juízo
Do lucro ao prejuízo
Pagar a conta é preciso
Do juiz que não tem juízo.
 
10/06/22 
(Maria Hilda de J. Alão)                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                               

sábado, 4 de junho de 2022

PARLENDA – Salada, saladinha

 

Salada, saladinha,
Pode ser um saladão
De alface ou agrião,
De chicória ou almeirão.

Pra crescer tem que comer
Uma rica saladinha
Com arroz e com feijão,
Carne, frango ou sardinha.

Pra beber? Suco de fruta,
Laranja, limão ou caju,
Evite qualquer refrigerante,
Pra não virar um elefante.

Depois da sadia refeição,
Coma uma banana madurinha,
Prata ou nanica pintadinha
Faz muito bem ao coração.

Eu adoro a saladinha
Ela me faz forte e bonitinha.
No estudo não há quem me passe,
Sou a primeira da classe.

(Maria Hilda de J. Alão)

sexta-feira, 3 de junho de 2022

O SONHO DO GATO (História)



          Tim-Tim, o velho gato, perguntou a boneca japonesa Tizuka, o que azia ela, ali parada, a noite, diante de um velho balde de boca para baixo. A boneca respondeu que queria subir para sentar no balde, mas como era pequena não alcançava.
- Ora! – exclamou o gato – Isso não é problema! - E, abaixando-se, cedeu o seu dorso para que a boneca subisse e assim alcançasse o balde.
- Pronto, linda bonequinha!
        Tizuka arrumou o quimono azul, ajeitou os cabelos negros e, muito devagar, com a elegância oriental, sentou-se no balde. Tim-Tim estava num canto do jardim observando a boneca. Do seu trono, o balde, a boneca olhava as estrelas e a Lua que se escondia atrás de uma nuvem. Era a lua cheia. O que Tim-Tim viu e ouviu o deixou maravilhado. Tizuka começou a recitar versos numa língua que ele não entendia. Cada sílaba emitia um som cristalino formando uma frase musical que foi se espalhando por todo o jardim.
De repente uma luz brilhante desceu do céu trazendo consigo mariposas, grilos, duendes, elfos, minúsculas fadas e todos os seres do mundo da fantasia irmanados pela beleza e musicalidade da voz da bonequinha japonesa.
          Tim-Tim viu o jardim mudar de aspecto. Agora havia bonsai por todos os lados, um pequeno lago com carpas, canteiros de flores artisticamente desenhados, lanternas coloridas espalhadas por todas as árvores, havia até um pequeno templo dedicado a Buda. Seria magia? Tizuka continuou a declamar os versos que enchiam de música o jardim fazendo com que todos os seres dançassem.
           Não era uma dança vertiginosa, era uma dança de leveza angelical. Ela mesma não resistiu ao encanto e, levantando-se, bailou suavemente sobre o velho balde de boca para baixo. Foi aí que ela avistou os olhos de Tim-Tim no canto do jardim. Rápida, ela saltou do balde e correu até ele.
              - Amigo, venha bailar conosco. Veja! Todos estão alegres, felizes. Vem! – Ah, que voz tinha aquela boneca! O timbre parecia milhões de sininhos tocando delicadamente à emissão de cada palavra. O gato, emocionado, quase pediu para ela repetir o convite só para ouvir os sininhos. Meio sem jeito, Tim-Tim perguntou:
 - Como aconteceu tudo isso? Por que mudou tudo?
- Querido amigo Tim-Tim, tudo isso que você está vendo ao seu redor é fruto da magia das palavras, é o poder da poesia que existe em cada coisa, em cada ser. Venha fazer parte desse mundo de sonho deixando que a poesia invada sua alma. Deixe que a força das palavras faça bater forte o seu coração de gatinho.
           Quando Tim-Tim ia se levantar para acompanhar Tizuka, um barulho forte o assustou. Era Isadora, a menina de sete anos que entrou na sala chamando em altos brados.
- Acorda, Tim-Tim, está na hora de tomar seu leite morninho e bem gostosinho. Já são seis horas, gatinho!
          Depois desse dia, todas as vezes que Tim-Tim vai dormir ele passa diante da bonequinha japonesa, que fica acomodada numa cadeirinha de balanço no quarto de Isadora, na esperança de que ela fale com ele, convidando-o para a próxima dança

(histórias que contava para o meu neto)

 (Maria Hilda de J. Alão)

PARLENDA BEATRIZ, TRIZ, TRIZ

1
Beatriz, triz, triz
Tira caca do nariz
Corre, corre Beatriz
Lava a mão no chafariz.
2
Amaral pôs no varal,
Antes de ir para o arraial,
O seu casaco legal. Veio um vendaval
E teve o Amaral
De ir buscar o casaco
No meio do bananal.
3
Sapo sapudo,
O que está olhando
Seu abelhudo?
Estou olhando você
Seu narigudo.
4
Maria Clara
Come do ovo a clara
Maria Filomena
Come do ovo a gema.

(Maria Hilda de J. Alão)

PARLENDA DOS NÚMEROS

 


UM, maionese de atum,

DOIS, é pra comer depois,

TRÊS, e dar a um gato xadrez.

QUATRO, o sol é um astro,

CINCO, telhado de zinco.

SEIS, festa de reis,

SETE, masca chiclete.

OITO, menino afoito,

NOVE, hoje não chove.

DEZ, arraste os pés,

ONZE, no assoalho de bronze.

 (Maria Hilda de J. Alão)

 

A Caixa Mágica (cordel)

CONTANDO CARNEIRINHOS (infantil)

  Eu acho tão engraçado A vovó contar carneirinhos Na hora de dormir. Na minha cabeça de criança Brotou a grande pergunta: E os ca...

Sorvete, Sorvetão (parlendas)