Powered By Blogger

sábado, 28 de janeiro de 2023

VERBOS TRAVA-LÍNGUA



VERBO TAMBORILAR

Pretérito Mais-que-perfeito
Eu tamborilara
Tu tamborilaras
Ele tamborilara
Nós tamboriláramos
Vós tamboriláreis
Eles tamborilaram

Futuro do Presente

Eu tamborilarei
Tu tamborilarás
Ele tamborilará
Nós tamborilaremos
Vós tamborilareis
Eles tamborilarão

Futuro do Pretérito

Eu tamborilaria
Tu tamborilarias
Ele tamborilaria
Nós tamborilaríamos
Vós tamborilaríeis
Eles tamborilariam

VERBO CAVALGAR

Futuro do Pretérito

Eu cavalgaria
Tu cavalgarias
Ele cavalgaria
Nós cavalgaríamos
Vós cavalgaríeis
Eles cavalgariam

VERBO TRAQUINAR

Futuro do Pretérito

Eu traquinaria
Tu traquinarias
Ele traquinaria
Nós traquinaríamos
Vós traquinaríeis
Eles traquinariam

VERBO COLORIR

Pretérito Mais-que-perfeito

Eu colorira
Tu coloriras
Ele colorira
Nós coloríramos
Vós coloríreis
Eles coloriram

Futuro do Presente

Eu colorirei
Tu colorirás
Ele colorirá
Nós coloriremos
Vós colorireis
Eles colorirão

Futuro do Pretérito

Eu coloriria
Tu coloririas
Ele coloriria
Nós coloriríamos
Vós coloriríeis
Eles coloririam

VERBO PALRAR

Pretérito Mais-que-perfeito

Eu palrara
Tu palraras
Ele palrara
Nós palráramos
Vós palráreis
Eles palraram

Futuro do Presente

Eu palrarei
Tu palrarás
Ele palrará
Nós palraremos
Vós palrareis
Eles palrarão
Futuro do Pretérito

Eu palraria
Tu palrarias
Ele palraria
Nós palraríamos
Vós palraríeis
Eles palrariam

VERBO CHILREAR

Futuro do Pretérito

Eu chilrearia
Tu chilrearias
Ele chilrearia
Nós chilrearíamos
Vós chilrearíeis
Eles chilreariam

Pretérito Perfeito

Eu chilreei
Tu chilreaste
Ele chilreou
Nós chilreamos
Vós chilreastes
Eles chilrearam

Futuro do Presente

Eu chilrearei
Tu chilrearás
Ele chilreará
Nós chilrearemos
Vós chilreareis 
Eles chilrearão

(Maria Hilda de J. Alão)

SENHORA DONA CATACRESE (infantil)

 


Mamãe eu quero saber:
O alho tem dente, ele morde?
O fogão tem boca, ele come?
A mesa tem perna, ela anda?
Diga-me, também, sem ficar brava,
A xícara tem asa, ela voa?

Filho, isso é coisa de dona Catacrese,
A distinta figura de linguagem
Do nosso rico idioma.
Ela brinca de fazer comparação
De objetos com partes do corpo humano,

Dos bichos e das aves também.
Ela ganhou vida depois do apagamento
Da etimologia da palavra,
Fazendo-a semelhante à metáfora,
Mas desprovida de poética. Coitada!

Veja menino, em hipótese alguma,
Tente dar alfafa aos cavalos do motor
Do carro zero quilômetro
Lá na garagem do seu avô.

Não quero que me pergunte
Se tendo cabeça o prego pensa,
Nem se o coração da floresta
Bate descompassado.

Nariz de avião não sofre de resfriado,
Olho de furacão não precisa óculos,
Louco é quem se atreve
A coçar as costas da cadeira.

Não diga nunca a ninguém
Que o piano abana a cauda
Lá na sala de música
Nem que cabeleireiro
Penteia o cabelo do milho.

Se pensa que pode ganhar
Dos braços da poltrona um abraço,
Pode esquecer seu sapeca,
Nada de televisão!

Você entendeu o que eu disse?
Abra o livro e estude
Porque no peito do pé eu sinto
Um formigamento estranho
Por ficar em pé falando
De tão importante figura.

Veja lá meu garotinho,
Quando nos falta um termo específico
Para designar um conceito
Tomamos outro por empréstimo.

Mamãe, foi tão boa a nossa conversa,
Você sabe de tudo um pouco
Agora, diga-me o que tem pra comer
Porque a barriga da minha perna
Está roncando de fome. Ahahahaha!

(Maria Hilda de J. Alão)

14/10/06.

TRAVA-LÍNGUA 36

 


Atarraxa a tacha desatarraxada
Ou desatarraxa a tacha atarraxada.

Se tu tamborilarias
Nós jamais tamborilaríamos
Os dedos neste tambor
Onde vós tamborilaríeis.

O passarinho chilrearia,
O papagaio palraria,
O homem cavalgaria 
E a criança traquinaria.

Três pratos,
Três patos,
Três patos no chão
Três pratos na mão.

(Maria Hilda de J. Alão)

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

O BURRO QUE SE DISFARÇOU DE LEÃO (história infantil)

 


           Um burro, cansado de trabalhar para um fazendeiro, resolveu fugir de casa. Assim que se viu liberto da pesada carroça que puxava, ele fugiu para a floresta. Andou por muito tempo sem saber o que fazer da vida. Escureceu. Como burro não é animal de floresta, ele ficou assustado com o barulho que vinha do interior da mata. No tronco de uma enorme árvore ele procurou abrigo para passar aquela noite. Dormiu. Ao acordar no dia seguinte, procurou o cocho onde o homem deixava a sua comida diária.

           Não encontrou nada. E agora? Onde arranjar comida? Uma coruja branca, cuja casa era a árvore grande sob a qual o burro passara a noite, disse-lhe:
- Vá até as margens do rio, lá brota um capim verdinho e tenro. Antes de ir, burro, quero lhe pedir um favor: não durma mais debaixo da minha árvore. Você ronca demais e o seu ronco parece mais o urro de um leão furioso. Vá com Deus, burro! E a coruja partiu em busca de alimento para seus filhotes.
           Então o burro foi procurar o rio. Caminhou muito e nada de rio. Viu um coelho apressado indo na direção oposta e perguntou.
- Amigo coelho, o rio está longe?
- Sim, amigo burro, está longe.
           Ele continuou andando. O sol aquecia a floresta e o calor era muito forte. O burro, procurando sombra, entrou em um atalho para descansar. Avistou uma vegetação não muito alta que fazia uma sombra acolhedora. E lá foi ele aliviar a canseira de suas pernas. Ao chegar no local teve uma surpresa. Alguém deixara ali uma pele de leão e o burro teve uma ideia.
            Já que a coruja disse que o ronco dele era como o urro de um leão enfurecido, que tal ele ser um leão? Vestindo aquela pele de leão, ele saiu urrando pela mata assustando os outros animais.
           Chegou ao rio. A grama verdinha aguçou a sua fome e, para espanto dos outros bichos, aquele leão estranho começou a devorar o capim que crescia as margens do rio.
Comeu e bebeu sem ser incomodado. Agora sim, ele levaria vantagem em tudo. A noite procurava os lugares mais escuros para tirar a pele de leão e poder dormir tranquilamente.
Entre os animais corria a notícia do leão assustador que aparecera por ali.
- Neste nosso território não existe leão. – Disse um chimpanzé.
- Será que ele não veio de outro país? – Perguntou uma anta.
E resolveram marcar uma reunião com todos os animais, incluindo o leão, para desvendarem de vez o mistério.
          Ficou decidido que alguns animais fariam perguntas e o falso leão responderia. Chegou o dia. Tudo pronto. O leão chegou e a sessão começou.
Veado – De onde vieste ó nobre leão?
Leão – Vim de terras longínquas.
Chimpanzé – Por que escolheste esta floresta que não é terra de leões?
Leão – É que depois de muito andar parei para descansar, porém, diante da beleza desta mata resolvi ficar. Alguém aí é contra a minha permanência aqui? Perguntou urrando forte.
Chimpanzé – Não somos contra. Somos a favor da sua ida para o lugar de onde veio. – Aí o burro sentiu um arrepio por baixo da pele de leão. E as perguntas continuaram.
Onça Pintada – esclareça uma coisa, nobre leão. Sendo o senhor um animal carnívoro, porque come tanto capim? Por que não sai à noite para caçar?
Leão – É porque eu sou um burro...
           Percebendo que caíra na armadilha da onça pintada, ele saiu em desabalada carreira deixando para trás a pele de leão. Voltou mais tarde para a casa do fazendeiro e para sua pesada carroça.
MORAL: Não queira imitar os outros para não cair em ridículo.

(Histórias que contava para o meu neto)

Maria Hilda de Jesus Alão

 

NU ARRAIÁ DA ISCOLA (poesia infantil caipira)


 

Vamu lá caipirada
Dançá inté di madrugada,
Hoji é dia di São Juão.
Dia di rastá u pé nu chão

Du arraiá da nossa iscola.
Tudo mundu vem sem sacola
Pruque só vai tê diversão,
Pegá minina pela mão

Pra rodopiá pelu salão,
I namorá nu garpão
Iscundido da diretora
I da isperta professora.

Num pode bebê quentão,
Só cumê doci di mamão,
Pipoca passada nu mé
Toda criança qui vié

Dançá a quadria no arraiá.
Sem batata doci nóis num vai ficá,
I traqui só vali sortá
U qui vendi u nho Vavá.

Vamu cumê pinhão i cocada
Na barraca tudinha infeitada.
Vixi, mininu, deixi di sê munheca
I compri aquela cueca,

Di frô vermeia qui num sai
Pro nho Totico, seu pai.
Ô levi a butina rangedora
Pro fio da Eleonora.

Tá na hora di pulá a fuguera,
I vem a minina sortera
Ribolandu nu bambulê
Pensano qui dança u cateretê.

Oiando pra fuguera ela pisca:
Num vô mi quemá na faísca
Prifiro u jogu das caderinhas
Qui é bão pra minhas anquinhas.

Balão nu céu tá pruibidu.
Mais u fuguete subindu
Faiz um desenhu di frô:
Procê, Mariquinha, cum amô.

(Maria Hilda de J. Alão)

A Caixa Mágica (cordel)

CONTANDO CARNEIRINHOS (infantil)

  Eu acho tão engraçado A vovó contar carneirinhos Na hora de dormir. Na minha cabeça de criança Brotou a grande pergunta: E os ca...

Sorvete, Sorvetão (parlendas)