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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

TIROLIRO, O FANTOCHE (poesia infantil)

 



Tiroliro fantoche charmoso
Mora numa caixa de sapato
À noite ele levanta a tampa
É hora do grande espetáculo.

Fica em pé na borda da caixa.
Gesticula, canta, dança e recita
Para a plateia alegre e agitada:
Os brinquedos do armário das crianças.

Para os soldadinhos azuis
Faz continência imponente:
Um dois feijão com arroz,
Três quatro feijão no prato,
Cinco seis arroz japonês,
Marcha o fantoche contente.

Batem palmas bonecos e bonecas
Para os quais ele canta uma canção
Lá das terras frias do Tirol.
Bravo! Gritam todos ao final,
E ele, curvando-se, agradece.

Dança, como se estivesse na corda bamba,
Na beirinha da caixa que é sua casa,
Convida a abelha de feltro sem uma asa
Para ser sua parceira no bailado.

Faz uma pausa para tomar fôlego.
Depois tira do bolso um papel escrito,
E diz alto, quase num grito,
Que é um poema dedicado
A mais linda boneca do armário.

E recitou os mais sublimes versos
Que os outros nunca ouviram,
E nos olhos de bonecas e bonecos
Surgiu uma lágrima de emoção
Quando o fantoche estendeu a mão

Apontando para a boneca Lili,
A melhor amiga que ele já teve.
Agradeceu a todos e voltou para a caixa
Fechando, por cima de si, a tampa
Para descansar e esperar a próxima noite
Porque o espetáculo não pode parar.

(Maria Hilda de J. Alão)

BICHANO, CHANO OU CHANINHO? (poesia infantil)

 


Chamam-me de Bichano
Também de Chano e Chaninho
Dizem que sou um felino
Sou apenas um gatinho.

Meu pai é o gato Zé,
Mas na televisão ele é Tom
Sempre de cara emburrada
Ele é um pai muito bom.

Minha mãe é uma gatinha
Muito linda de se ver
Parece a Hello Kitty
Vocês devem conhecer.

Ela é toda branquinha
Com uma flor na orelhinha
Eu amo essa gatinha
Que é a minha mãezinha.

Meu nome é esquisitinho
Zé Tom Kitty eu fui batizado
Pelas crianças quero ser chamado
Bichano, Chano ou Chaninho

Que é muito mais bonitinho
Que esse nome atrapalhado.
Onde já se viu um gato acastanhado
De Zé Tom Kitty ser chamado.

(Maria Hilda de J. Alão)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

BRINCANDO COM OS DIAS DA SEMANA (poesia infantil)

 


Toda SEGUNDA
Vem a igreja a RAIMUNDA
Sempre CARRANCUDA
Com sua irmã RECHONCHUDA.

Na TERÇA
É bom que se
TEÇA
Do cabelo a TRANÇA
Antes que o vendaval
De repente ACONTEÇA.

Joana na QUARTA
Escreve uma CARTA
Antes que para o Rio PARTA
A sua amiguinha MARTA.

Já na QUINTA
Encontramos a JACINTA
Alimentando a gata
FAMINTA
De uma senhora
DISTINTA.

Na SEXTA João
Enche de verduras
A grande CESTA
E como BESTA ele não é
Chama o irmão Ademar
Para a CESTA carregar.

No SÁBADO
Vai a ANA
Com seu vestido de
BABADO
Ao baile do TEOBALDO
Para dançar o XAXADO.

Chegou o DOMINGO
E não tem CHORAMINGO
É dia que o tio MINGO
Vai ao clube FLAMINGO
Para jogar BINGO.

13/02/23
(Maria Hilda de J. Alão)


 

 

 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

AS DUAS CARTAS (infantil)

 

           Faltavam duas semanas para o encerramento das aulas e as crianças do Grupo Escolar Cristo Rei tinham aulas de recreação. Todos estavam aprovados para o ano seguinte e, como disse a professora, agora era só brincadeira.
Num desses dias, a professora começou a falar sobre a festa de Natal, presentes, igrejas e tudo mais que envolve esta bela data. Séria, ela perguntou aos alunos se eles já haviam escolhido seus presentes. Foi uma agitação total. Todos falavam ao mesmo tempo e ninguém entendia nada. A professora então disse:
- Calma, crianças! Falem um de cada vez para que todos possam ouvir e entender.
            A ordem foi estabelecida. A primeira a falar foi a Aninha. Ela pediu uma boneca e uma bicicleta, o Arnaldo, uma bola oficial de futebol, o Marcelo queria jogos de armar, o Carlinhos, o menino com cara de intelectual, queria livros porque ler era o seu passatempo predileto. Todos estes pedidos foram enviados, através de carta, ao Papai Noel. A professora percebeu que o Pedrinho não dissera uma palavra.
- Então Pedrinho, você não pediu nada? – perguntou ela.
- Não. Este ano eu é que vou dar presente. – respondeu a criança.
- Para quem?
- Para o aniversariante!
- Pedrinho, o aniversariante é Jesus de Nazaré. Como você entregará o presente para ele.
- Ora, professora, isso é comigo e o Papai Noel. Eu escrevi pra ele e pedi pra ele entregar.
            A professora ficou pensativa. Claro que a criança tinha razão, no Natal são poucas as pessoas que se lembram do aniversariante.
Enquanto isso, lá no Polo Norte, o correio chegava com milhões e milhões de cartas de crianças pedindo de tudo. Os ajudantes do Papai Noel estavam deveras atarefados, sem tempo nem para comer. Eles precisavam abrir aquela correspondência toda antes do dia vinte e cinco de dezembro para não atrasar a entrega dos presentes. Já estavam quase no fim quando um dos ajudantes disse:
- Engraçado, aqui tem duas cartas da mesma pessoa; uma é para o Papai Noel e a outra é para... Jesus de Nazaré... e tem um pacote também endereçado a ele. – disse o ajudante de olhos arregalados porque nunca havia acontecido um fato deste.
O Papai Noel ouvindo aquilo deu a ordem:
- Abra a carta endereçada a mim.
O ajudante abriu e leu:
            “Querido Papai Noel. Este ano eu não quero presentes. Tenho todos e tudo que pedi. Por isso eu só peço uma coisa: dá pro senhor entregar a outra carta e o pacotinho para o filho de Deus? Eu sei que o senhor está mais perto dele, portanto fica mais fácil. Obrigado. Feliz Natal e um beijo do Pedrinho.”
O Papai Noel ficou comovido e se apressou em atender à solicitação da criança. Entregou tudo nas mãos de Jesus Cristo. Jesus abriu a missiva e começou a ler em voz alta.
Senhor Jesus.
            Dia vinte e cinco de dezembro é o dia do seu aniversário. Aqui na Terra todos comemoram com festas e presentes, só que eu nunca vi ninguém dar um presente pro senhor. Então eu resolvi que este ano eu vou lhe dar um. Não é uma bicicleta porque o senhor não saberia andar nas nuvens com ela, nem bola, acho que não saberia jogar, nem carrinho, nem pipa ou pião, nada dessas coisas. São as minhas ações praticadas. A obediência e o respeito, a solidariedade, o amor aos semelhantes e a fé em Deus e no senhor.        
               Sei que não é muito porque ainda sou pequeno, mas saiba que tudo é de coração. Eu embrulhei o presente com papel de oração para que não se perca pelo caminho.
Desejo-lhe um feliz aniversário, ao lado dos seus pais e dos bilhões de amigos que o senhor tem. Ah! Não se esqueça de, quando apagar a velinha, fazer um pedido.
Um beijo do seu amigo.
Pedrinho.”
            Jesus terminou a leitura. Abriu o pacotinho e lá estavam as boas ações do Pedrinho todas arrumadinhas com muito capricho. Levantou-se e foi até a janela da sua morada e olhando para baixo, deixou que as duas lágrimas que bailavam nos seus olhos caíssem sobre a Terra abençoando tudo e todos no dia do seu aniversário.
- Vovó, eu também posso mandar um presente pra Jesus?
- Pode sim. Todo o bem que você fizer, faça em nome Dele que ele irá juntando tudo e guardando no armário que cada um de nós tem no céu. Este é o melhor presente que podemos ofertar a Jesus em todos os dias da nossa existência.

(Maria Hilda de J. Alão)
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