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sábado, 18 de dezembro de 2021

O PRESÉPIO DE NATAL

 


Um dia, lá no meio da floresta,
Juntaram-se alguns bichos
Para o Santo Natal comemorar.
Queriam eles um presépio armar

 Com o pai, a mãe e o menino,
Na manjedoura tão pequenino.
Como fazer ninguém sabia.
Será que entre eles esperto havia
 
Com uma ideia mirabolante,
E que não fosse comediante,
Para tal trabalho realizar?
Foi então que surgiu a gritar
 
Do galho de grande seringueira,
Todos pensaram ser brincadeira,
Um macaco bugio engraçado
Pedindo a palavra alvoroçado.
 
- Façamos nosso presépio vivo
Com bichos não agressivos!
- Será preciso escolher, votar.
Disse um pássaro a chilrear.
 
Primeiro pensaram no leão.
- Ah! Esse não serve, não!
- Que tal um tigre da Sibéria?
Disse uma anta muito séria.
 
- Não se lembra a dona anta
Que para ser a família santa
O bicho não pode ser agressivo?
- Puxa! Ninguém dá um indicativo!
 
Exclamou uma velha coruja,
Limpando as penas sujas,
Pousada num velho carvalho.
Foi saindo de um atalho
 
Que o lobo a ideia apresentou:
- Que tal o senhor Grou?
- Ave não pode! Por isso eu aconselho
Que seja a família do coelho
 
A vencedora dessa disputa
E que ninguém mais discuta,
Senão passará o dia de Natal
E nós aqui no reino animal
 
Ficaremos sem o nosso presépio,
E se tudo por aqui é só tédio
Imagine um Natal sem a santa
Família que a nossa fé levanta.
 
Sugeriu a onça pintada,
E a bicharada comportada
Acatou a felina sugestão
Evitando longa discussão.
 
E todos os bichos em procissão
Foram comunicar ao coelho a decisão
De que neste Natal ele seria
São José da carpintaria.
 
Fizeram um majestoso cenário
Com a manjedoura e um campanário
Onde estava deitado o coelhinho,
De vermelhos olhinhos,
 
Representando com sua pureza
O nascimento e a grandeza
Do menino Jesus de Belém.
E a bicharada disse amém
 
Ao ver  no céu a estrela guia
Indicando que nova era surgia
Com o nascimento do Salvador
Significando amor, muito amor.
 
Após a oração cada bicho
Agradeceu um ao outro o capricho,
E pediram para toda a coletividade,
Paz aos bichos de boa vontade.
 
FELIZ NATAL!
 

Maria Hilda de J. Alão
18/12/11.

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