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quinta-feira, 28 de abril de 2022

NO REINO DOS BRINQUEDOS (cordel infantil)

 



No imaginário reino dos brinquedos
Onde não se pode guardar segredos
Nasceu em uma manhã belíssima
Um boneco que deixou ocupadíssima

A equipe de bonecas enfermeiras.
Histórias que diziam ser verdadeiras
Afirmavam que era sem par a beleza
Ao boneco dada pela mãe natureza.

De perfeição física e magnifica beleza
Conquistava a todos com sua pureza.
Podendo ser encarada como uma ofensa,
Preocupada a mãe do lindo boneco pensa,

Ao deus maior do reino dos brinquedos.
Consultando o mágico ela expõe seus medos
Perguntou se seria longa a vida do belo filho
Sim. Será longa e com extraordinário brilho

Desde que sua imagem jamais visse refletida
Ou teria a sanidade comprometida.
O tempo passou. Narciso, esse era o nome dele,
Era desejado por todos do reino, mas ele

Frio e soberbo a todos com desdém ignorava.
Desprezando uma boneca que muito o amava
Narciso despertou a raiva de todos os brinquedos
Que reunidos no lago à sombra dos arvoredos

Decidiram o que o boneco viveria grandes dores
E de um amor impossível sentiria os horrores.
Levado a beber no lago de água claríssima
Ao se debruçar viu o rosto de beleza raríssima.

Apaixonando-se imediatamente e perdidamente
Sentiu que aquela imagem amaria eternamente.
Passou dias e noites admirando a rara beleza
Até que veio a morrer de amor e muita tristeza.

Uma das deusas do reino penalizada transformou
Em flor amarela o boneco que muito amou
Seu reflexo nas águas de um lago limpíssimo
E por esse amor viveu um tempo curtíssimo.

28/04/2022
(Maria Hilda de J. Alão)
(Falando de mitologia grega com o meu neto)

 

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