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terça-feira, 24 de janeiro de 2023
NU ARRAIÁ DA ISCOLA (poesia infantil caipira)
Vamu lá caipirada
Dançá inté di madrugada,
Hoji é dia di São Juão.
Dia di rastá u pé nu chão
Du arraiá da nossa iscola.
Tudo mundu vem sem sacola
Pruque só vai tê diversão,
Pegá minina pela mão
Pra rodopiá pelu salão,
I namorá nu garpão
Iscundido da diretora
I da isperta professora.
Num pode bebê quentão,
Só cumê doci di mamão,
Pipoca passada nu mé
Toda criança qui vié
Dançá a quadria no arraiá.
Sem batata doci nóis num vai ficá,
I traqui só vali sortá
U qui vendi u nho Vavá.
Vamu cumê pinhão i cocada
Na barraca tudinha infeitada.
Vixi, mininu, deixi di sê munheca
I compri aquela cueca,
Di frô vermeia qui num sai
Pro nho Totico, seu pai.
Ô levi a butina rangedora
Pro fio da Eleonora.
Tá na hora di pulá a fuguera,
I vem a minina sortera
Ribolandu nu bambulê
Pensano qui dança u cateretê.
Oiando pra fuguera ela pisca:
Num vô mi quemá na faísca
Prifiro u jogu das caderinhas
Qui é bão pra minhas anquinhas.
Balão nu céu tá pruibidu.
Mais u fuguete subindu
Faiz um desenhu di frô:
Procê, Mariquinha, cum amô.
(Maria Hilda de J. Alão)
segunda-feira, 19 de dezembro de 2022
A ABELHA BELINHA E O URSO DUM DUM (história)
Belinha
era uma abelhinha operária que, junto com as companheiras, trabalhava muito na
fabricação de mel. Mas a colmeia, a qual pertencia Belinha, tinha um problema.
Toda vez que a colmeia estava cheia de mel, vinha o homem espantava as abelhas
com uma fumacinha e levava tudo deixando as abelhas sem casa. A rainha já não
sabia mais o que fazer. Foi aí que Belinha fez uma sugestão:
-
E se fôssemos construir nossa casa lá no fundo da floresta aonde o homem não
pode ir?
-
Boa idéia! Exclamou a rainha concordando.
- Ó de casa!
-
É o marimbondo, seu vizinho de árvore. Preciso falar com a responsável.
Belinha
se apresentou, perguntando:
-
Estou aqui. Qual é o assunto?
-
Senhora dona abelhinha, agora que já estão instaladas precisam tomar cuidado
com o urso Dum Dum. Ele adora mel e, quando por aqui aparece, come tudo... Não
reparou que não há outras abelhas por aqui? Todas foram embora porque toda vez
que a colmeia estava cheia de mel, Dum Dum vinha e comia tudo deixando as
pobrezinhas sem teto.
-
E por que o urso tem este nome de Dum Dum? – perguntou ela.
-
É porque ele é tão pesado que quando pisa no chão faz: dum dum dum dum.
Belinha
agradeceu ao marimbondo e entrou com a carinha triste e pensativa.
-
Viemos para cá fugindo do homem, agora tem um urso...
Foi
falar com a rainha para, juntas, encontrarem uma solução. Fizeram reuniões e
mais reuniões e a única solução a que chegavam era a mudança.
Naquela
noite Belinha não conseguia dormir só pensando no trabalho que tiveram para
construir a colmeia e por causa de um urso teriam de abandonar tudo e procurar
outro lugar. Ela não ia permitir. Estava envolvida nesses pensamentos quando
surgiu a idéia.
-
É isso! Isso mesmo! Como não pensei antes! – exclamou entrando para dormir.
Mal
o dia clareou, Belinha foi à presença da rainha para expor a sua ideia. A
soberana das abelhas perguntou:
-
Tem certeza que vai dar certo?
-
Sim, majestade, certeza absoluta. Esperemos o urso aparecer.
Lá
pelas nove horas da manhã chegou o urso Dum Dum farejando tudo sentindo o
perfume saboroso do mel. Olhou para o tronco e, vendo a colmeia no oco da
árvore, ficou em pé para arrancá-la com as suas garras. Neste momento todas as
abelhas se puseram em guarda na porta da colmeia. Belinha, cheia de coragem,
falou bem alto:
-
Bem-vindo, caro urso Dum Dum! Nossa colônia está feliz em conhecer tão valente
morador da floresta.
-
Deixe de bobagem abelhinha! Eu quero o mel que está nesta sua casa. – disse o
urso com o seu vozeirão fazendo as abelhas tremerem.
-
Calma! Vamos fazer um acordo. Todos os dias nós lhe daremos dois favos de mel e
você não destruirá a nossa casa. – propôs Belinha.
-
Eu não preciso ficar em pé e me esticar todo para pegar os favos? – perguntou
Dum Dum.
-
Não. Você senta no chão e nós jogamos os favos no seu colo. – respondeu
Belinha.
-
Oba! Eu não gosto de me espichar para pegar nada. – reclamou o urso.
E
assim foi feito. Todos os dias Dum Dum ganhava favos de mel enquanto as
abelhas, seguindo o plano de Belinha, construíam outra colmeia bem perto da
copa da árvore para se instalarem definitivamente. E quando acabasse o mel da
primeira colmeia, o urso que fosse procurar onde ele bem quisesse, porque mel
da colmeia de Belinha ele nunca mais provaria, já que urso adulto e gordão não
sobe em árvores.
E
assim terminou a história com todas as abelhas felizes, pois, graças a
inteligência de uma delas, nunca mais ficariam sem teto.
AS SEMENTES DA MAÇÃ (história)
quinta-feira, 15 de dezembro de 2022
O ANIVERSÁRIO DA SARDINHA (história infantil)
MARIETA (versinhos de criança)
Nesta fina banqueta
Quero que me prometas
Tocar nesta corneta
Canção pro saci perneta.
Não deixe que se meta
O boi da cara preta
Fazendo sua mutreta
Para entrar sem careta
O lobisomem na retreta,
Tocando sua trombeta
Pra dançar de muleta
O curupira com a mula preta.
Isso é coisa do capeta!
Vem o boitatá como cometa
Fazendo no chão uma valeta
Solta um fogo violeta
Ao ouvir o som da clarineta
Em dupla com a corneta.
Isso não é coisa de veneta,
Até criança deixa a chupeta,
E faz do pezinho baqueta
Batendo em dura caixeta
Lá no fundo da saleta;
Porque toca a Marieta
Uma folclórica cançoneta
Emocionando a Julieta
Com a chave na maçaneta
Da porta da Antonieta
Na casa da Rua Baioneta.
Maria Hilda de Jesus Alão
(Versinhos para crianças)
VERSINHOS DA INFÂNCIA (poesia)
Sapinho pula, pula,
Cri, cri, cri faz o grilo.
Porco por que essa gula,
Fuçando o tacho de milho.
II
Voa, voa besouro,
Das asas de puro ouro
Pra dentro da caixinha
Da titia Mariquinha.
III
Come mano Rufino
A salada de pepino
Já que o gato Lelé
Comeu o teu filé.
IV
Lá, lá, lá, lé, lé, lé
Você pisou no meu pé
Doeu, doeu, doeu
Olha a bolha que nasceu!
V
Vê crocodilo,
Que é aquilo?
É um esquilo
De meio quilo.
VI
Lá vai a centopeia
Levando um cento de pés
Pra dançá, dançá
No baile do tracajá.
VII
Limoeiro que dá limão
Eu sou tão pequenina
Não te alcanço com a mão,
Joga teu fruto no chão.
VIII
Colher de pau, pau, pau,
Bate o mingau, gau, gau
E na cabeça do homem
Que tem a cara de mau.
09/11/05.
Maria Hilda de Jesus Alão
HISTÓRIAS DA INFÂNCIA (poesia infantil)
Saudosas histórias do vovô Benê
Contadas ao final do dia
Quando o sol se escondia.
Tinha contos de fada e de bruxa,
A velha feia e corcunda Cachucha
Vestindo manto de seda pura
Assombrando a noite escura.
Depois sentávamos na tosca roda.
Alguém puxe aquela corda,
Façam girar o carrossel,
Espantem os pássaros em escarcéu!
De passar anel nós vamos brincar,
Mulher do padre é o último que chegar.
Quero ver bola no chão e pipa no céu,
Naquela poça d’água, um barco de papel.
Vovô virava criança.
De uma menina puxava a trança
De outra escondia a boneca,
E quando jogava peteca
Vovó gritava: velho sapeca
É hora da sua soneca!
Quantas histórias a vida escreveu,
Quantos personagens ela concebeu,
Mas o vovô da nossa infância
Rompe do tempo a distância
Chegando num tapete de luz
Lembrando a figura de Jesus.
11/06/06.
Maria Hilda de Jesus Alão
A Caixa Mágica (cordel)
AS DUAS CARTAS
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Sorvete, Sorvetão (parlendas)
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