Parlendas, Provérbios, Histórias Infantis, Trava-língua, Poesia Infantil, Contos de Fadas, Cordel Infantil, Cantigas de Roda, Catacrese, Acalanto, Folclore, Lendas e Mitos, Fábulas, Ciranda, Acalanto.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2022
O ANIVERSÁRIO DA SARDINHA (história infantil)
MARIETA (versinhos de criança)
Nesta fina banqueta
Quero que me prometas
Tocar nesta corneta
Canção pro saci perneta.
Não deixe que se meta
O boi da cara preta
Fazendo sua mutreta
Para entrar sem careta
O lobisomem na retreta,
Tocando sua trombeta
Pra dançar de muleta
O curupira com a mula preta.
Isso é coisa do capeta!
Vem o boitatá como cometa
Fazendo no chão uma valeta
Solta um fogo violeta
Ao ouvir o som da clarineta
Em dupla com a corneta.
Isso não é coisa de veneta,
Até criança deixa a chupeta,
E faz do pezinho baqueta
Batendo em dura caixeta
Lá no fundo da saleta;
Porque toca a Marieta
Uma folclórica cançoneta
Emocionando a Julieta
Com a chave na maçaneta
Da porta da Antonieta
Na casa da Rua Baioneta.
Maria Hilda de Jesus Alão
(Versinhos para crianças)
VERSINHOS DA INFÂNCIA (poesia)
Sapinho pula, pula,
Cri, cri, cri faz o grilo.
Porco por que essa gula,
Fuçando o tacho de milho.
II
Voa, voa besouro,
Das asas de puro ouro
Pra dentro da caixinha
Da titia Mariquinha.
III
Come mano Rufino
A salada de pepino
Já que o gato Lelé
Comeu o teu filé.
IV
Lá, lá, lá, lé, lé, lé
Você pisou no meu pé
Doeu, doeu, doeu
Olha a bolha que nasceu!
V
Vê crocodilo,
Que é aquilo?
É um esquilo
De meio quilo.
VI
Lá vai a centopeia
Levando um cento de pés
Pra dançá, dançá
No baile do tracajá.
VII
Limoeiro que dá limão
Eu sou tão pequenina
Não te alcanço com a mão,
Joga teu fruto no chão.
VIII
Colher de pau, pau, pau,
Bate o mingau, gau, gau
E na cabeça do homem
Que tem a cara de mau.
09/11/05.
Maria Hilda de Jesus Alão
HISTÓRIAS DA INFÂNCIA (poesia infantil)
Saudosas histórias do vovô Benê
Contadas ao final do dia
Quando o sol se escondia.
Tinha contos de fada e de bruxa,
A velha feia e corcunda Cachucha
Vestindo manto de seda pura
Assombrando a noite escura.
Depois sentávamos na tosca roda.
Alguém puxe aquela corda,
Façam girar o carrossel,
Espantem os pássaros em escarcéu!
De passar anel nós vamos brincar,
Mulher do padre é o último que chegar.
Quero ver bola no chão e pipa no céu,
Naquela poça d’água, um barco de papel.
Vovô virava criança.
De uma menina puxava a trança
De outra escondia a boneca,
E quando jogava peteca
Vovó gritava: velho sapeca
É hora da sua soneca!
Quantas histórias a vida escreveu,
Quantos personagens ela concebeu,
Mas o vovô da nossa infância
Rompe do tempo a distância
Chegando num tapete de luz
Lembrando a figura de Jesus.
11/06/06.
Maria Hilda de Jesus Alão
sábado, 26 de novembro de 2022
BORBOLETINA, A FADA DAS MENINAS (história infantil)
Lili era uma linda boneca que vivia numa vila de Bonecolândia, um país do Planeta Imaginação. Ela morava numa casinha simples, cercada por um jardim bem cuidado onde sua mãe plantava rosas, margaridas e violetas. As borboletas eram presenças constantes no jardim. Pretas, brancas, amarelas, azuis, elas davam um toque de sonho fantástico ao jardim da casa de Lili. A boneca era obediente, ajudava sua mãe nas tarefas domésticas e, quando terminava, ela ia ajudar seu pai a envernizar os tamancos que ele fabricava. Ela era feliz, mas muito solitária.
terça-feira, 15 de novembro de 2022
A MAQUIAGEM DO SAPO LELÉ (cordel infantil)
Na beira da azulada lagoa
Toda tarde um sino soa:
Venham, venham que é hora,
E bicho nenhum ignora,
De muitos gritos e risadas
De tapas e muitas patadas
Só para ver o sapo Lelé
Tentando tirar do pé o chulé.
Ser um belo rei ele sonha
Da sua aparência tem vergonha
E não ouve o amigo sapo Felipe:
Sapo não vira rei nem príncipe!
Determinado a realizar o sonho
Chegou à lagoa todo risonho
O sapo que queria ser belo.
Pôs um chapéu amarelo
E esmagando um fruto vermelho,
Lembrou do amigo e do conselho,
E sem piscar iniciou a maquiagem
Pensando em grande homenagem.
Esfregou todo o corpo e a cara,
Os bichos gritavam: para, para!
Mas Lelé não estava nem aí
Dizendo: quero ser bonito, e daí?
Terminada a horrível maquiagem
A coruja que vivia entre a folhagem
Disse: Olhe-se no espelho da água
E de mim não guarde grande mágoa:
Beleza e títulos não são importantes
Importante é ser você mesmo, Lelé.
Emergindo da água, Chico o jacaré
Disse, lamentando a escolha do sapo:
Não vejo no amigo um único fiapo
Do amigo Lelé que eu conhecia
E esta figura vermelha deprecia
Os sapos verdes desta lagoa.
A fala de Chico não foi à toa
E para terminar a triste aventura
Lelé livrou-se da horrível pintura
Mergulhando na lagoa cristalina
Voltando com a amiga Durvalina
Na forma em que Deus o criou.
Perdão, amigos! Ele lamuriou.
Moral: Não queira ser aquilo que você não é ou passará vexame.
15/11/22
(Maria Hilda de J. Alão)
A Caixa Mágica (cordel)
CONTANDO CARNEIRINHOS (infantil)
Eu acho tão engraçado A vovó contar carneirinhos Na hora de dormir. Na minha cabeça de criança Brotou a grande pergunta: E os ca...