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sexta-feira, 14 de julho de 2023
A FLOR E O VENTO (infantil)
segunda-feira, 3 de julho de 2023
A RAPOSA VIDENTE (cordel infantil)
Boa tarde meninos e meninas,
Sejam bem-vindos a esta escola.
Sentem-se em ordem e silêncio,
Pois contarei em forma de verso
Uma história acontecida
Com uma raposa muito esperta.
Cansada de só caçar coelhos
Dona Raposina vivia vigiando
Um galinheiro de um fazendeiro
Zeloso de sua propriedade.
Raposina arquitetava planos
Mas das galinhas, só o cheiro.
Um dia a natureza resolveu
Colaborar com dona Raposina
E fez desabar um forte temporal
Que arruinou o sólido galinheiro
Da fazenda do senhor Agostinho.
Derrubada a casa, as galinhas
Espalharam-se pelo denso matagal.
Sabedora do fato, Raposina resolveu
Que era hora de tirar de sua boca
Aquele gosto ruim de carne de coelho.
E foi para o mato em busca das galinhas
Já planejando o farto jantar que faria.
Caminhou, farejou e nada das penosas.
Cansada voltou para sua toca dizendo:
- Vamos aos coelhos porque ninguém
Neste mundo merece dormir com fome.
Amanheceu o dia e a procura continuou
A noite chegou e nada de galinhas.
Ouvindo a conversa dos outros animais
Raposina soube que as galinhas estavam
À procura do caminho para voltarem
À fazenda Três X de onde elas saíram
Na noite escura do grande temporal.
A raposa, agitada, bolava mais um plano.
Pensou muito e olhando em volta da toca
Viu uma tábua quadrada e teve a ideia:
- Já sei! Farei uma placa com os dizeres:
“Perdeu seu caminho? Raposina, a vidente
O encontra para você. Consulta grátis.”
E colocou a enorme tábua ao lado da toca.
Cansadas de caminhar sem rumo, as aves
Resolveram consultar dona Raposina.
E fizeram uma fila. Na frente ia Teodoro
O galo chefe cantando um, dois, três, quatro
Motivando pintinhos e galinhas mais velhas
A caminharem rápido. Era preciso chegar
Antes de a noite estender seu negro véu
E como sabem galinhas dormem cedo.
Enquanto isso na fazenda, Agostinho
Preparava seu mais forte e esperto cão
Para sair em busca de suas belas galinhas.
Subiram e desceram morros e nada viram
Até que o cão começou a farejar inquieto.
O fazendeiro soltou o animal com a ordem:
- Não me volte sem as minhas galinhas.
O cão Spartacus, em desabalada carreira,
Foi cumprir a ordem dada pelo patrão,
Mas no caminho encontrou a dona Paca:
- O amigo canino está neste mato perdido?
Não se preocupe Raposina, a vidente,
Achará seu caminho de volta. É só consultá-la.
Spartacus ficou intrigado com aquela história
E foi até a toca da raposa para averiguar.
- Ah, malandra! Então é assim que quer pegar
As galinhas do meu patrão, pois receberás
Tudo que mereces pelo engodo bolado.
Encontrando-se com as galinhas bem perto
Do consultório da raposa vidente
O cão expôs ao galo o seu plano.
E chegaram finalmente à toca de Raposina.
De lá de dentro vinha a voz fina e rouquenha:
- Entrem minhas belezas, minhas lindinhas.
Raposina, a vidente, sentada em uma pedra,
Tendo na cabeça um véu azul com estrelas,
Só via diante de seus olhos frangos e galinhas
Todos assados sobre a pedra em que sentava.
A saliva escorria pelo canto de sua bocarra
Quando o primeiro cliente entrou dizendo:
- Quero achar o caminho da fazenda.
Acordada do seu sonho de comer galinha
Ela deu de cara com o cão Spartacus.
Sabendo que na luta ela levaria a pior,
Raposina saiu em desabalada carreira
Deixando o véu e a placa de vidente.
Dizem os bichos que quando perguntam
Se ela ainda gosta de galinha assada
A resposta é que galinha não tem carne nobre
Como a dos coelhos que ela come todo dia.
(Maria Hilda de J. Alão)
domingo, 11 de junho de 2023
OS RELÓGIOS
Presos na branca parede
Protegidos por fina rede
Estavam relógios de valor
Daquela lojinha de penhor.
Quando a noite caía
Ouvia-se o tique, taque que saía
Do coração de cada relógio
Como uma carta de necrológio
Contando a terceiros
Os sofrimentos verdadeiros
Dos relógios de valor
Daquela lojinha de penhor.
Era só tique, taque e tirrim
Dia e noite sem ter fim.
Diziam os relógios de valor
Daquela lojinha de penhor.
Mas, um dia veio de mansinho
O senhor de cabelo branquinho,
Dono dos relógios de valor
E daquela lojinha de penhor,
Com um grande pacote
Seria o relógio do sacerdote?
Pensou um dos relógios de valor
Daquela lojinha de penhor.
Aberto foi o grande pacote:
Não é o relógio do sacerdote
Disse um dos relógios de valor
Daquela lojinha de penhor.
Era um relógio diferente:
Tem um passarinho atente,
Que sai de uma janelinha.
Se faz tirrim certeza não tinha
O relógio que dizia aos outros:
Iguais a este deve ter poucos.
E baixou a noite de calor
Naquela lojinha de penhor.
O tique, taque aumentou de volume
Espalhando-se como era de costume
Pelo salão tornando-o assombroso.
Aos olhos de um relógio audacioso
Que perguntou ao recém-chegado:
Que fazes nesta lojinha exilado?
Esta não é bem a minha situação,
Sou de grande valor e estimação.
E por que não fazes tirrim como a gente?
O meu despertar pessoas é diferente.
E na lojinha, naquela memorável noite
Ouviu-se as badaladas da meia-noite
E o canto dizendo cuco, cuco em voz alta
E os relógios viram o passarinho peralta
Daquele relógio de estimação e de valor
Ali, na parede da lojinha de penhor
Cantando alegremente as doze badaladas
Cuco, cuco, cuco com voz articulada.
E assim foi quebrada a monotonia
Do tique, taque e tirrim de todo dia
Naquela lojinha de penhor
Fundada com muito amor
Pelo pai do menino Marinho
O senhor de cabelos branquinhos.
(Histórias que contava para o meu neto)
11/06/23.
sexta-feira, 9 de junho de 2023
BRINCANDO COM PARLENDAS
Dizendo: eu não aguento
Este quartel barulhento.
II
Menina sapeca
Irmã da Rebeca
Tem uma boneca
E joga peteca.
III
A prata perguntou ao prato:
És tu um prato de prata?
O prato respondeu à prata:
Não sou de prata, sou um prato.
IV
Que bom, que bom,
Falava o menino João,
Que escondi meu bombom
Lá no fundo do porão.
V
Margaridinha, margaridão
Abra logo o seu botão
Com pétalas branquinhas
Margaridinha, margaridão.
VI
Tem na mata uma nascente
De água fresca e límpida
E quem dela beber
Inteligente há de ser.
VII
Sobe o grande balão
Grita alegre o capitão
Que levou um pitão
Do general bonitão.
VIII
Panela, panelinha
Sobre o fogão da cozinha
Esquentando a papinha
Para o bebê da Ritinha.
IX
Manoela come moela
Maria come mortadela
A menina de fita amarela
Come mortadela com moela.
X
A casinha da barata
Tem o chão todo de prata
Ela anda de alpercata
Para o chão não arranhar.
domingo, 14 de maio de 2023
TRAVA-LÍNGUA 2023
Em um trigal estavam três tigres
O que faziam num trigal três tigres?
Quis saber um touro sem chifres:
Se não come trigo, o tigre?
O papagaio tagarelaria
E sem controladoria
Ele alto cantaria
Ou então trautearia.
Na mesa tu a massa amassas
Para fazer o pão de passas.
Se tu a massa não amassas
Não farás o pão de passas.
O pingo pinga na pia
Na pia o gato mia
Se o pingo na pia mia
O gato na pia pinga.
Se ele mensurasse
O terreno imensurável
29/04/23
(Maria Hilda de J. Alão)
A FOCA TUMÉ E O DIA DAS MÃES
terça-feira, 25 de abril de 2023
PARLENDA Nº 19
Destrança a trança.
Se mal trançada a trança
Indestrançável será a trança.
II
Vou a camisa coser,
Carne no fogo a cozer,
Já não sei o que fazer,
Pus a camisa a cozer
E a carne fui coser.
III
Para um burro ferrar
Use boa ferradura
E perfeita encravadura,
Se errar a encravadura
Serás tu cavalgadura.
IV
No almoço toma canja
De frango vindo da granja,
Depois do suco de laranja
Um jeito a menina arranja
De limpar a boca melada
Na cortina cheia de franjas.
V
O Zé quebrou o pé,
O Dito levou um pito,
Toque Tom o apito
É hora de tomar café.
VI
Para a menina Carlota
Sapateiro faz as botas,
Costureiro faz o vestido
Com tecido encardido.
09/01/12
(Maria Hilda de J. Alão)
A Caixa Mágica (cordel)
CONTANDO CARNEIRINHOS (infantil)
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Sorvete, Sorvetão (parlendas)
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