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segunda-feira, 11 de abril de 2022
O PÁSSARO E O MESTRE
quinta-feira, 7 de abril de 2022
A FADA E O SAPO
Todas as noites uma fada ficava um tempão olhando para o céu. Sentada numa árvore ela contava as estrelas, observava as constelações, a estrela polar, o cruzeiro do sul e todas as estrelas que seus olhos mágicos podiam ver. Ficava maravilhada. Como é lindo! O espaço, para ela, era como um imenso veludo negro bordado com faiscantes diamantes. Um sonho.
Desejava poder viajar por este espaço
levando a varinha de condão para fazer suas mágicas: saltar de estrela para
estrela do jeito que se pula a amarelinha; unir estrelas com um traço para
formar variados desenhos; fazer aparecer uma ponte ligando a Terra à Lua e
levar sua casinha de vitória-régia para passar férias. Mas na Lua não existe
água! Não tem importância, com a varinha mágica ela riscaria o solo e nasceria
um belo rio. Estava concentrada nesses pensamentos quando uma vozinha a
despertou:
- Sonhar é bom; com o possível é melhor
ainda.
Era o velho sapo que vivia na margem do
rio, e que, há muito tempo, vinha observando a fada sonhadora.
- Tens razão, mas sonhos possíveis e
impossíveis fazem parte de mim. Por acaso não conheces as histórias de fadas,
gnomos e outros seres imaginários? – perguntou ela.
- Conheço. Nesta minha longa vida eu já
vi de tudo, mas o que eu quero dizer é que não se deve olhar só para cima.
Experimente olhar para baixo, a beleza lá do alto está refletida aqui de forma
diferente. Já prestou atenção no beija-flor; na orquídea; na vitória-régia onde
você mora; no rio que serpenteia o verde da mata? Você não precisa viajar para o
espaço a fim de realizar seu sonho. Veja as águas plácidas do rio!
A fadinha olhou e viu refletido, no
espelho da água, o céu com toda a sua maravilha. Bateu suas asinhas de libélula
e voou sobre a água ouvindo o sapo que dizia:
- Vamos menina, faça a sua mágica. Use a
varinha de condão para viajar da forma que sonhou. Você tem aí o universo a sua
disposição. Voe, salte, corra.
Ela voava e cantava, pulando de estrela
para estrela sem tocar a água. Era o seu jogo da amarelinha. Fazia traços no
ar, com a varinha, como se estivesse unindo as estrelas. A ela se juntaram
todos os pirilampos e o rio tornou-se encantado com a magia das luzes do céu e
da terra.
A alegria da fada e a luz dos pirilampos
despertaram os bichos que se propuseram a divinizar a viagem da fadinha pelo
universo que corria com as águas. Formou-se um afinado coral entoando a
sinfonia da natureza. As árvores emocionadas choravam lágrimas de sereno que
caiam no rio formando pequenos círculos, e os peixes não nadavam para não
quebrar o encanto da cena. O canto prosseguia e cada nota emitida era uma nave
espacial levando os sonhos da fadinha e de todos os viventes que, de uma forma
ou de outra, passam algum tempo com os olhos pregados no céu tentando decifrar
o mistério das estrelas.
11/05/06.
(Histórias que contava para o meu neto)
(Maria
Hilda de J. Alão)
terça-feira, 5 de abril de 2022
BRINCANDO COM RIMAS
Quem pedra quebrará?
Pintinho amarelinho
Saiu do ovo molhadinho
Sua mãe o agasalhou
E logo o pintinho secou.
Disse a menina Zuleima:
Fico triste se alguém teima
Que a letra H é um fonema.
Maçaneta, saleta
Sacristão toca sineta
Areia na ampulheta
Menino sem camiseta.
Roupa pouca, pouca roupa
Quem dinheiro poupa
Não terá roupa pouca.
Para paralelepipedar
Tenha paralelepípedos.
Tigre tigrado
Cabelo trançado
Vidro trincado.
Trocadilho trocado
Fez trocador trocafiar.
Trilha a trilha trilhador
Deixada pela trilhadeira
Para não errar a trilha
Trilha a trilha trilhador.
Rico e rica
O fósforo risca
O olho pisca
A rica arrisca
No olho a faísca
Que faz pisca-pisca.
Fia o fio a fiadeira
Tem carne na frigideira
Menino desce a ladeira
Em desabalada carreira
Enquanto o fio fia a fiadeira.
É hora da retreta
Soldado de boina preta
Toca o boi da cara preta
Menino faz careta
Ouvindo o som da clarineta.
Prego pregado
Menino afobado
Tirou o prego pregado
Pelo seu empregado.
Uma tranca tranca
Uma tranca destranca
O portão que tranca tem.
Tem um lá
Tem um cá
Se cá há um
Lá também há um.
Pinga pingo
Pingo pinga
No copo de pinga
Ginga a gringa
E pinga o pingo.
Tem caqui
Ou caca aqui?
Hera, era.
Se verde é uma hera
Passado é uma era
Se não sabe diz a Vera
Seu estudo já era.
05/04/22
(Maria Hilda de J. Alão)
segunda-feira, 4 de abril de 2022
PARLENDAS – (Rimas Infantis)
Era uma vez
Um, dois, três
Um calabrês
Irmão da Inês
Que jogava xadrez.
Se mente cai o dente,
Corre, corre seu Prudente
A procura do dente
Perdido entre as sementes.
Patos a nadar,
Pássaros a voar,
Subiu o balão
Perdeu-se no ar.
Mexe, mexe seu Tião,
O doce de mamão
Com o rabo do cão.
Cabeça de cão,
Tim, tim, balalão,
Gato ladrão
Não tem coração
Tim, tim, balalão.
Chora a menina bonita,
Por ser tão infeliz,
Com um lencinho de chita
Limpa os olhos e o nariz.
Tenente Prudente
Perdeu o dente
Quem o achou
Dê um passo à frente.
Cara de rato,
No pelo do gato
Tem carrapato.
Eu ladrilharia,
Tu ladrilharias
Só com vidraria
A Rua Alquimia.
06/12/11
sábado, 2 de abril de 2022
O MENINO E A FLOR
O menino viu no mato
Uma flor carmesim
Se fechando no momento
Do espetáculo do arrebol.
Tinha tanto mistério e por isso
Pensou o menino ter visto
A face de Jesus Cristo,
Terminando um largo sorriso,
Naquela rubra florzinha
Nascida no meio do mato.
Curioso, à flor ele perguntou:
- Quero saber de ti ó bela flor
Se estou certo ou errado:
Tu és, de Jesus, o santo rosto
Deixado neste verde mato
Para sorrir e muitas vezes chorar
Conforme as muitas ações
Dos ingratos filhos de Deus?
A brisa balançou a flor,
E rubra pétala se elevou.
Era a resposta esperada
Vinda da boca do Cristo
Confirmando a sábia leitura
Feita pela alma pura
Do menino que observava
O abrir e fechar das flores
Nascidas no meio do mato.
E seus ouvidos ouviram
Todas as harpas do mundo
Sinfonizando todos os cantos
Dos alegres pássaros do mato,
Enquanto subiam as pétalas
Da misteriosa flor carmesim,
Em hipnotizante balé
Que só a natureza compõe
Para encher os olhos de beleza,
E ligar a alma ao divino,
Pululando todos os dias
Diante dos olhos de quem
Ainda não aprendeu
A observar como o menino
Aquelas pequeninas flores
Vestidas de muitas cores
Nascidas no meio do mato.
01/01/06.
(historiazinha para criança)
Maria Hilda de J. Alão.
sexta-feira, 1 de abril de 2022
O BALÉ DAS JOANINHAS (poesia infantil)
Era dia de quarta-feira
De joaninhas uma fileira
Marchava de forma garbosa
Nas pétalas de branca rosa.
Fizeram da flor a sua praça,
Batiam as asinhas com graça
Como se quisessem ser admiradas.
As borboletas, nos galhos pousadas,
Comentavam sobre a beleza da rosa
E de como ela era generosa
Cedendo suas pétalas às joaninhas
Vermelhas com bolas pretinhas.
Mais pétalas na rosa se abriram,
E mais joaninhas rubras surgiram
Pousando na flor escolhida
Para o balé de beleza e de vida.
Outras rosas da mesma roseira
Sentindo inveja da companheira
Diziam: ela não é melhor do que nós
Por que estamos sempre sós?
Ouvindo tudo a roseira frondosa
Sacudiu-se muito raivosa
Fazendo voar sem destino,
Levadas pelo vento matutino,
Borboletas e todas as Joaninhas
Batendo rapidamente as asinhas
Deixando a rosa tão linda
Desolada por ver finda
A festa das alegres joaninhas
Por inveja das outras rosinhas.
Neste ponto o livro a menina fechou,
E uma lágrima pela sua face rolou.
(Maria Hilda de J. Alão)
segunda-feira, 28 de março de 2022
OS PINGOS DE CHUVA (história)
A Caixa Mágica (cordel)
AS DUAS CARTAS
Faltavam duas semanas para o encerramento das aulas e as crianças do Grupo Escolar Cristo Rei tinham aulas de recreação. Todos estava...

Sorvete, Sorvetão (parlendas)
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