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segunda-feira, 6 de novembro de 2023
O FANTOCHE BINOCHE (historinha)
O BALÉ DAS JOANINHAS (poesia infantil)
Era dia de
quarta-feira
De joaninhas uma fileira
Marchava de forma garbosa
Nas pétalas de branca rosa.
Fizeram da flor a sua praça,
Batiam as asinhas com graça
Como se quisessem ser admiradas.
As borboletas, nos galhos pousadas,
Comentavam sobre a beleza da rosa
E de como ela era generosa
Cedendo suas pétalas às joaninhas
Vermelhas com bolas pretinhas.
Mais pétalas na rosa se abriram,
E mais joaninhas rubras surgiram
Pousando na flor escolhida
Para o balé de beleza e de vida.
Outras rosas da mesma roseira
Sentindo inveja da companheira
Diziam: ela não é melhor do que nós
Por que estamos sempre sós?
Ouvindo tudo a roseira frondosa
Sacudiu-se muito raivosa
Fazendo voar sem destino,
Levadas pelo vento matutino,
Borboletas e todas as Joaninhas
Batendo rapidamente as asinhas
Deixando a rosa tão linda
Desolada por ver finda
A festa das alegres joaninhas
Por inveja das outras rosinhas.
Neste ponto o livro a menina fechou,
E uma lágrima pela sua face rolou.
Maria
Hilda de J. Alão
JULIETE E SEU PATINETE (poesia infantil)
Com a mão, a menina Juliete
Levantou, do cabelo, o topete,
Vai andar de patinete
Com sua irmã Odete.
Corre maravilhosa
Com a saia cor-de-rosa
Perseguindo a amiga Lili,
Coisa mais linda eu não vi.
No mundo da fantasia
Juliete vive cada dia
Cantando uma canção de rei
Onde aprendeu não sei:
“O sapato do rei é de couro,
Tirado da pele do touro,
Pisa, pisa ó menina,
Nesta calçada de ouro.”
Para ela a vida é algodão doce,
Um caramelo, tal qual,
E se crescer não fosse
Não conheceria o mundo real.
Cansou das brincadeiras.
O sono veio buscar Juliete.
E lá ficou triste sobre cadeiras
O seu encantado patinete.
Papai e mamãe velam enternecidos
O sono tranquilo de Juliete,
Cercada pelos brinquedos queridos
Viaja no sonho com seu patinete.
sábado, 28 de outubro de 2023
A CIGARRA II (Cordelzinho)
A Formiga
Disse a formiga à cigarra:
Tanto canto, tanta farra
Sei que muito irás tiritar
Quando o inverno chegar.
A Cigarra
Não sei se entendi tua fala
Mas tenho aqui nesta mala
Instrumentos que alegria dão
Nestes dias quentes de verão.
A Formiga
É a mais pura verdade
No inverno sinto saudade
Do teu canto maravilhoso
E penso no tempo precioso
Perdido somente a cantar
E sem um minuto trabalhar
Para prover a tua casinha
De comida e uma roupinha
Que alimente e aqueça,
Teu o corpo frágil, não esqueça.
Cantar é muito bom, é lindo,
Com fome é a vida escapulindo.
A Cigarra
Será que perdestes o juízo?
Ou seria um enorme prejuízo
Se das tuas folhas um maço,
Tu jogasses em meu regaço?
A Formiga
Não me venhas com essa falação
Tens boa voz e um corpo são.
Podes cantar durante o dia
A noite terás trabalho de vigia
Da minha rica despensa de folhas,
Todas fruto de minha escolha.
Teu pagamento será um décimo
Com direito a um acréscimo
Se o trabalho for bem feito.
A Cigarra
A proposta é sem fundamento
Não dormir é um argumento
Para tal trabalho eu rejeitar
E de tal pessoa me afastar.
Como posso o mundo alegrar
Com minha voz, o meu cantar
Se preciso a noite trabalhar.
A Formiga
Então minha nobre e bela cigarra
Vá cantar e fazer sua algazarra
Bem longe, no fim do mundo
Pois eu considero um absurdo
Querer comer sem se esforçar.
Das minhas folhas nada terás
E quando o inverno chegar
E sentires a fome te apertar
Canta muito até ela passar.
27/10/2023
(Maria Hilda de J. Alão)
terça-feira, 17 de outubro de 2023
A CORUJA E A ÁGUIA (infantil)
No tempo antigo, quando os bichos falavam, existiu uma águia que passava o tempo todo brigando com uma coruja. A briga acontecia porque uma comia os filhotes da outra. E quando brigavam a floresta toda ficava sabendo. Só se ouvia o crocitar da águia e o pio da coruja desafiando uma a outra e, ao se enfrentarem, era só pena voando para todos os lados. E assim passaram boa parte de suas vidas. Um dia, já cansada, a águia foi até o ninho da coruja e fez a seguinte proposta:
-
D. Coruja, eu estou cansada dessa vida de brigas entre nós. Que tal fazermos as
pazes?
-
Ora, acha que eu vou cair nessa? Eu digo sim e você comerá meus filhotes. –
respondeu a coruja desconfiada.
Um
corvo que estava pousado num galho ao lado do ninho da coruja, querendo dar uma
de juiz de paz, disse para a coruja.
-
Ora, vamos lá D. Coruja, tente ouvir mais atentamente a D. Águia. Talvez seja
um acordo bom para as duas. Já pensou em acabar com essas brigas? Viver
sossegada criando seus filhotes sem se preocupar com D. Águia, e D. Águia
criando os filhotes dela sem se preocupar com a senhora?
As
outras aves apoiaram o discurso do corvo e pediram que D. Coruja escutasse a
proposta de D. Águia.
-
Bem, D. Coruja, a minha proposta de paz é a seguinte: eu não como os seus filhotes
e você não come os meus. E como prova da minha boa intenção, me diga como são
seus filhos para que eu os possa identificar e assim evitar comê-los.
-
Ah, D. Águia, meus filhotes são a coisa mais linda do mundo. Você os
reconhecerá com certeza. – finalizou a coruja muito orgulhosa.
Depois
dessa conversa a águia partiu para outras terras para caçar. Passou um bom
tempo e ela voltou para aquele recanto da floresta que era seu verdadeiro lar
para criar seus filhotes. Cansada de cuidar da prole, a águia resolveu
descansar por algumas horas e, ao acordar o seu estômago e os dos seus filhos
estavam roncando de fome. Saiu para caçar. Lembrou-se do acordo feito com a
coruja.
-
Preciso ficar muito atenta para não comer os filhotes de D. Coruja, caso
contrário o acordo estará desfeito. Isso não será difícil porque sei que são os
filhotes mais lindos do mundo.
E
a águia continuou voando em busca de comida até que viu um ninho com meia dúzia
de filhotes recém-nascidos horríveis.
-
Esses aí não são filhos da coruja com certeza. São feios demais.
Antes
do escurecer, chegou a coruja trazendo o esperado alimento. Ao ver o ninho
vazio, piou de tristeza. Piou tão alto que atraiu a atenção do corvo, seu
vizinho, que estava a quilômetros de distância:
-
Meus filhos, meus filhos sumiram. – dizia pesarosa.
-
Foi D. Águia... – disse o corvo reticente,
-
A águia? – disse ela aos gritos, - Nós temos um acordo e ela foi capaz de
quebrar. Como eu pude confiar numa águia? Ah, meu Deus!
E
partiu decidida para o ninho da águia. Ao chegar foi logo gritando:
-
Mentirosa, como pôde fingir que queria a paz e pelas minhas costas comeu os
meus filhotes!
-
Seus filhos, aquelas coisas horrorosas? Você disse que eram os mais lindos do
mundo!
O
corvo entendeu a história. Toda mãe vê seus filhos como os bebês mais lindos do
mundo e dona coruja não é diferente. Certo, crianças?
quinta-feira, 7 de setembro de 2023
EMPINANDO PAPAGAIO (poesia infantil)
E não se importa com gracejos
Dos garotos do seu vilarejo
Dizendo: É o que almejo
Fazer e empinar um papagaio,
Para isso faço muito ensaio,
Que pelas nuvens penetre
Pois de empinar quero ser mestre.
Quero chegar perto do rei Sol
Da Terra o grande farol,
Quero ver o azul sem fim
E se possível a Lua de marfim.
E construiu o garoto Nicola
Com linha, papel e muita cola
O imaginário papagaio
E depois de muito ensaio
Estava ele no alto de um muro
Sonhando que no futuro
A cadeira de rodas deixaria
E que, lépido, o muro escalaria
De onde seu papagaio empinaria
E que para ele o rei Sol sorriria
Depois de guardar na sacola
O papel, a linha e o pote de cola.
Sonha Nicola!
07/09/23
(Maria Hilda de J. Alão)
sábado, 2 de setembro de 2023
A Caixa Mágica (cordel)
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